...de Ferreira Gullar
Ferreira Gullar (José Ribamar Ferreira), nasceu no dia
10 de setembro de 1930, na cidade de São Luiz, capital do Maranhão, quarto
filho dos onze que teriam seus pais, Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart.
Inicia seus estudos no Jardim Decroli, em 1937, onde permanece por dois anos.
Depois, estuda com professoras contratadas pela família e em um colégio
particular, do qual acaba fugindo. Em 1941, matriculou-se no Colégio São Luís
de Gonzaga, naquela cidade.
Na redação sobre o Dia do Trabalho, onde ironizava o fato de
não se trabalhar nesse dia, em 1945, obtém nota 95 e recebe elogios pelo seu
texto. Só não obteve a nota máxima em virtude dos erros gramaticais cometidos.
Face ao ocorrido, dedica-se ao estudo das normas da língua. Essa redação foi
inspiradora do soneto "O trabalho", primeiro poema publicado por Gullar no
jornal "O Combate", de São Luís, três anos depois.
A edição 2010 do Prêmio Luís de Camões ficou com o
brasileiro Ferreira Gullar. O mais importante prêmio literário da
Comunidade de Países de Língua Portuguesa, criado em conjunto pelos
governos do Brasil e de Portugal, renderá ao escritor 100 mil euros. Já
foram agraciados, entre outros, João Ubaldo Ribeiro, João Cabral de Melo
Neto, Arménio Vieira, Rubem Fonseca, Miguel Torga, Antonio Candido,
Lygia Fagundes Telles, Lobo Antunes.
Algumas de suas Poesias:
Um pouco acima do chão, 1949
A luta corporal, 1954
Poemas, 1958
João Boa-Morte, cabra marcado para morrer (cordel), 1962
Quem matou Aparecida? (cordel), 1962
A luta corporal e novos poemas, 1966
História de um valente, (cordel, na clandestinidade, como João
Salgueiro), 1966
Por você por mim, 1968
Dentro da noite veloz, 1975
Poema sujo, 1976
Leia agora o poema: Um instante
Aqui me tenho
Como não me conheço
nem me quis
sem começo
nem fim
aqui
me tenho
sem mim
nada lembro
nem sei
à luz presente
sou apenas um bicho
transparente
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Vale apena pesquisar sobre Ferreira Gullar
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