Erico Verissimo é o Escritor da Semana aqui no Categóricos.
Vida e obras. Acompanhe agora!
2ªparte
Seus pais separam-se em dezembro de 1922. Vão — sua mãe, o
irmão e a filha adotiva do casal, Maria, morar na casa da avó materna. Para
ajudar no orçamento doméstico, torna-se balconista no armazém do tio Americano
Lopes. Os tempos difíceis não o separam dos livros: lê Euclides da Cunha, faz
traduções de trechos de escritores ingleses e franceses e começa a escrever,
escondido, seus primeiros textos. Vai trabalhar no Banco Nacional do Comércio.
Continua devorando livros. Em 1923. Lê Monteiro Lobato,
Oswald e Mário de Andrade. Incentivado pelo tio materno João Raymundo,
dedica-se à leitura das obras de Stuart Mill, Nietzsche, Omar Khayyam, Ibsen,
Verhaeren e Rabindranath Tagore.
No ano seguinte, a família da mãe muda-se para Porto Alegre,
a fim de que seu irmão, Ênio, faça o ginásio no Colégio Cruzeiro do Sul.
Infelizmente a mudança não dá certo. O autor, que havia conseguido um lugar na
matriz do Banco do Comércio, tem problemas de saúde e perde o emprego. Após
tratar-se, emprega-se numa seguradora mas, por problemas de relacionamento com
seus superiores, passa por maus momentos. Morando num pequeno quarto de uma
casa de cômodos e diante de tantos insucessos, a família resolve voltar a Cruz
Alta.
Erico volta a trabalhar no Banco do Comércio, como chefe da
Carteira de Descontos, em 1925. Toma gosto pela música lírica, que passa a
ouvir na casa de seus tios Catarino e Maria Augusta. Seus primos, Adriana e
Rafael, filhos do casal, seriam os primeiros a ler seus escritos.
Logo percebe que a vida de bancário não o satisfaz. Mesmo
sem muita certeza de sucesso, aceita a proposta de Lotário Muller, amigo de seu
pai, de tornar-se sócio da Pharmacia Central, naquela cidade, em 1926.
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