por Dedé Vieira
Por quantos ângulos você enxerga um cego?
Não vamos falar nesta matéria de Acessibilidade. Pois é de todo elogio o que se faz na questão de dar acessos a pessoas com Deficiência visual. Vamos a parte humana da coisa, ainda falta “infra-estrutura pessoal” e isso propõe que a uma necessidade de reavaliar as inclusões sociais.
Segundo o IBGE 16,5 milhões de pessoas são deficientes visuais no Brasil, que se divide em graus de acordo com a Fundação Dorina Nowill, por exemplo:
-148 mil pessoas são incapazes de enxergar (cegos);
-2,5 milhões de pessoas possuem grande dificuldade permanente de enxergar ( ou seja tem baixa visão);
-14 milhões de pessoas possuem alguma dificuldade permanente de enxergar, ainda que usem óculos ou lentes.
A pergunta então é:
Estamos realmente preparados para lidar com pessoas com esta deficiência?
Pode-se ouvir um forte eco dizendo que sim, mas na prática o acanhamento, a correria do dia-a-dia, as preocupações ou qualquer outra desculpa que possa se encontrar nos mostra que NÃO.
Não é uma questão simples de ver um cego, pegar no braço dele e atravessar a rua, existe muitas particularidades em cima desta inclusão. A FUNDAÇÃO DORINA NOWILL explica por que:
- Ao auxiliar a pessoa cega a atravessar a rua, pergunte-lhe antes se ela necessita de ajuda e, em caso positivo, atravesse-a em LINHA RETA, senão ela poderá perder a orientação.
- Ao observar aspectos inadequados quanto à sua aparência, não tenha receio em avisá-la discretamente a respeito de sua roupa (meias trocadas, roupas pelo avesso, zíper aberto etc.).
- Ao orientá-la, dê direções do modo mais claro possível. Diga DIREITA ou ESQUERDA, de acordo com o caminho que ela necessite. NUNCA use termos como "ali", "lá".
A leitura é outro modo que de maneira bem objetiva, muito se pode fazer. O AVM separou um material que pode contribuir muito fornecido pelo Ministério da Educação: O programa Braille Fácil. O Braile Fácil possibilita a criação de textos sendo impressos em braile: http://intervox.nce.ufrj.br/brfacil/
"Temos a sensibilidade e isso é fato, porém o querer fazer às vezes é tido com receios por não sabermos como fazer" - Dedé Vieira
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